Flor do olhar

Author: Heitor de Oliveira /

Flor que nasce do interno verde
Da janela da alma que chamam de olhar
Não preciso mais dizer que sonho em ver-te
Nem que sei que um dia você vai voltar

Não fique triste, não pense que te esqueci
Meu amor por ti é forte e verdadeiro
Não apenas paixão frágil de um coração ordeiro
Por isso lembre que pra ti eu sempre escrevi
Pra ti sempre dediquei
Por ti sempre vivi
Por ti amei
E pra ti, meu coração eu entreguei.

Dedicado a ti, Esperança.

Volta

Author: Heitor de Oliveira /

Queria parar de pensar em você
Queria parar de sofrer por amor
Queria parar de perguntar porquê
Queria parar de dormir com a dor

Mas toda parada me faz relembrar
Mas toda conversa termina em seu nome
Mas toda manhã o sol diz pra eu te amar
Mas toda lembrança só quer que eu te ame

Se um dia você me disser eu voltei
Se um dia você me beijar de verdade
Se um dia você souber como eu te amei
Se um dia você matar essa saudade

Eu faço das flores o mais belo jardim
Eu faço do mar o mais lindo olhar
Eu faço do amor um motivo pra mim
Eu faço de ti a mais feliz mulher

Dedicado a ti, Esperança.

Morte

Author: Heitor de Oliveira /

O maior prazer da vida está na morte

Vivemos e vivemos esperando alguma coisa
E tudo o que encontramos é a morte
A impressão que temos é que ela nunca chegará
Mas meu caro, estamos falando da morte
E quando ela chega, vem de uma vez
Não importa idade, índole ou qualquer outra
Ela leva a vida como um passe de mágica
Isto é...
Se não é mágica...

Desta forma nela está o nosso maior prazer
Porque dependemos dela pra viver
Aproveitamos a vida porque sabemos que é finita
Corremos contra o tempo mas vencê-lo não é tarefa
Ele é mais rápido e arisco, e quando menos esperarmos, fim.


Evandro, desejo a você e a sua família muita luz nesse momento sombrio, espero que enxerguem que a paz está ao lado do Juliano. O maior descanso é o dele, porque ele aproveitou cada segundo e viveu intensamente ao lado dos seus amigos e familiares.
Com muito amor e carinho deixo aqui meus sentimentos.

Heitor José de Oliveira.


Toda vez que me evita

Author: Heitor de Oliveira /

Amor, toda vez que você vai
Alegria aqui se esvai

Toda vez que você vem
Só me resta ficar bem

Toda vez que você fala
Mais e mais eu quero amá-la

Toda vez que você olha
Verde mar vem e me molha

E toda vez que me evita
Você fica mais bonita

E quanto mais bonita fica
Mais a quero na minha vida.

Dedicado a ti, Esperança.

Quando tudo mais parece intocável
As palavras de uma poesia se juntam
Fazem uma mistura implacável
E embriagam os olhos daqueles que lutam

Ao ler, lágrimas correm o rosto dos amantes
Uma euforia misturada na tristeza os dominam
A vergonha some e o prazer não é mais distante
Mas tudo passa, quando no último verso os suspiros caminham

E então as reflexões começam
Dizendo para tentarmos outra vez
A visão e o olfato embaçam
E a vida inteira resume-se em um mês

Mas um mês é pouco tempo pra decidir
Se é feliz, triste ou os dois
E é por isso que nessa hora nada parece fluir.

Embora com os ventos

Author: Heitor de Oliveira /

Amor de longe não é solidão

É um pesar no peito daquele que ama
Traz choro, dor, lembranças, tensão...
Mas é belo em si quando perto a saudade sana

Errado quem pensa que a distância é coisa desses tempos
Esse amor vem de longe, mais longe que a distância que o separa
Como diriam as mulheres em suas cantigas albas e suas taras
Vem o dia amanhecer e saudade te leva embora, como os barcos pelos ventos

Escrevi cartas de amor à minha amada
Quando longe pela estrada
Viajava para casa

Deixei as lágrimas rolarem o papel amassado
Olhei ao redor dos acabados
E me perguntei será que amor é esse, que me deixa assim calado

Quando as curvas me jogavam na janela
Eu enxergava o rosto dela
Que sumia vagamente pela estrada quase bela

Achei que era coisa do meu tempo
Amor de longe, sufocante e sem alento
Pesado e bravo e muito lento

E esses pensamentos escreveram minha poesia
Que uma vez foi heresia
Frente aos olhos de quem não sabia

Mas minha amada sabia como ninguém
Que esse amor não era coisa dessa época
E me escreveu duas estrofes
Que eu repito a cada dia


Amor de longe não é solidão
É um pesar no peito daquele que ama
Traz choro, dor, lembranças, tensão...
Mas é belo em si quando perto a saudade sana

Errado quem pensa que a distância é coisa desses tempos
Esse amor vem de longe, mais longe que a distância que o separa
Como diriam as mulheres em suas cantigas albas e suas taras
Vem o dia amanhecer e a saudade te leva embora, como os barcos pelos ventos.


Dedicado a ti, Esperança.


Brincar de verso

Author: Heitor de Oliveira /

Te chamo pra sair
Não sei pra onde ir

Eu quero conversar
Não sei o que falar

Você gosta de mim
E é dele mesmo assim

Tem medo de me ver
Mas sabe aparecer

Me olha com esse olhar
Que é verde como o mar

Te chamo pra dançar
Sem poder te amar

Mas...

Se eu fico aqui parado
É amor mal acabado

Não sei o que fazer
Pra você vir me ver

Escrevo e você lê
Pra você me querê.


Dedicado a ti, Esperança.




Y...................Bueno A Gusto

Author: Heitor de Oliveira /

Voltei pra casa torrado
Querendo nada, acaBado

Deitei nA cama cansado
Tentei dormir, meu fardo

Aquele alívio de cama ficou parado
Me olhando aos redores encabulado

Me fez pensar em você, pequena
Nos seus olhos esmeralda, é pena

Quem te tem não sabe o que tem
Só sabe que tem o que lhe convém

Mas não venha dizer que amém
Porque que assim seja, só pra refém

Não se prenda à ilusão de um amor acabado
Se entrega de vez pra ficar do meu lado

O encontro é a chave do nosso leGado
Não fuja, não corra, esqueça o passado.


Dedicado a ti, Esperança.

Sempre que o sol se for

Author: Heitor de Oliveira /

É quando a noite cai

E você se vai
Minha estrela mais linda
No pesar da minha vinda

É quando o sol se põe
No ritmo das canções
Que você me vem
No coração, cabeça e além

Não paro de pensar
Não me convém parar
Só quero o seu amor
Sempre que o sol se for.


Dedicado a ti Esperança.

Olhos verdes como a última manhã de inverno

Author: Heitor de Oliveira /

Quando me ligou pra dizer que acabou
Pensei que era fácil me perder do amor

O tempo passou, minha vida mudou
E num passe de mágica, o amor me encontrou

Não quero mais te ver distante
Você não merece aquele outro amante
Não quero ver seu mundo parado
Eu quero ter você do meu lado

São quatro horas da madrugada
Meu celular me olha e a luz apagada
Penso em te ligar nessa noite virada
Mas ta muito tarde e você ta cansada

Guardo em seu olhar o gosto do seu beijo
Vivo a te esperar, prendendo o meu desejo
E sofro aqui parado
Sempre que te vejo.


Dedicado a ti, Esperança.

Eu amo os dias de chuva

Author: Heitor de Oliveira /



Nos dias de chuva eu gosto de sentar na calçada
Sentir o gelado das gotas baterem no meu peito
Enquanto olho para um céu de nuvens desmanchadas

Aí então me deito de vez e tampo os meus ouvidos
E penso em toda a minha vida, as minhas virtudes, os meus defeitos
É nesse momento que tudo me parece calmo, retraído...

Por isso que eu amo os dias de chuva.

Uma bela canção

Author: Heitor de Oliveira /

E quando voltamos ao passado, encontramos nossos grandes heróis : Vinícius, Camões, Pessoa, Chico, Raul, Gonzaguinha, Cazuza, Carreiro, Saramago, Machado, entre tantos outros que passaram e nos deixaram grandes heranças. Nessa música eu consegui parar e refletir : de todas essas obras, idéias e pensamentos que herdamos de um passado brilhante, o que cabe a nós fazer ?
Acredito que criar mais e mais é uma ótima solução, e criar com prazer é o que tento fazer, para você leitor e para todo o batalhão de genialidades do futuro !

Aproveitem a canção.


Heitor Oliveira.

O Brasil e a Crise de "2008"

Author: Heitor de Oliveira /

   A crise econômica que assola o mundo em 2011 é um resultado de uma série de crises norte americanas que se expandiram de maneira global e culminaram em 2008.Um fato impressionante é a reação do Brasil a essa crise, afinal para um país acostumado a sofrer muito com as crises mundiais, dessa vez não aparenta ter consequências muito graves.
   O primeiro sinal do que está havendo hoje aconteceu em 2001 : a "dot-com bubble" , uma bolha especulativa caracterizada por uma supervalorização das ações das TICs que repentinamente se esvaziou e gerou uma pequena crise que se intensificou com a quebra do sistema hipotecário americano.
    É notável que o Brasil não apresenta sérias consequências relacionadas à crise se comparado com os paises europeus como a Grécia e a Inglaterra, mas pensar que esta nação sul-americana é invulnerável à esse pandemônio é um erro grave. Apesar de em 1999 o governo brasileiro ter dado início a medidas de proteção econômica como a transferência do câmbio fixo para o flutuante não devemos esquecer as crises mexicana, sudeste asiática e russa na década de 90 que elevaram a dívida externa brasileira a um nível praticamente insustentável.
   A causa dessa Tsunami não ter chegado ao Brasil ainda é o fato de os governos FHC e Lula terem liquidado a dívida a menos de 40% do PIB e mantido uma balança comercial favorável ao país. Entretanto não se pode ignorar a situação de outros países, importadores do Brasil no momento da crise, Se houver uma baixa nas exportações a balança pode se tornar desfavorável e então será uma questão de tempo para que a maior potência da América Latina se afunde na crise.
   A primeira década inteira do século XXI é responsável pelo cenário econômico mundial. O Brasil vive uma impressão de invulnerabilidade à crise que pode ser desfeita à medida que esta se expande, e a solução ainda não foi elaborada, pois como colocou a economista Maria da Conceição Tavares para a Carta Maior : vivemos em um período de trevas.

Descaso ou depressão

Author: Heitor de Oliveira /

O que diria o mundo sobre todas essas coisas horríveis que estão acontecendo ? O mundo responderia calma ou agressivamente ao descaso absurdo dos grandes governos atuais ? Eu diria que o mundo responderia de forma heterogênea, pois parece que a medida que se da a volta ao planeta as pessoas se tornam completamente diferentes, algumas aceitam, outras protestam, outras fingem que aceitam e outras fingem que protestam. Quero dizer :o que é o mundo senão os seres que o habitam ?

Todos os dias quando me deito, olhando as cinzas da minha própria casa, isto é, São Paulo o lugar onde moro, imagino que milhares de pessoas estão sofrendo na Índia com a fome, afinal em todos os jornais daqui as manchetes mostram o marco de uma semana de greves, mas então reflito :é só na Índia que as pessoas morrem de fome ? É só o governo Indiano responsável por este terrível cavaleiro que assombra essa Terra abençoada e amaldiçoada ? Caro leitor, digo que não. Digo que o conjunto de todos os países e esse seu sistema econômico falho e injusto é o que permite a existência, não só da fome, mas da violência !
Longe de mim um discurso socialista, longe de mim pregar a democracia, longe de mim crucificar o capitalismo. Afinal, socialismo, democracia e capitalismo, assim como todos os outros ícones da vivência humana são falhos e até hoje, não conseguimos encontrar a perfeição. A resposta para o novo mal do século é o descaso humano ao se tratar de sua própria espécie e pior, ao faltar com respeito com as outras.
O mundo não está acabando, mas a cada dia que passa me parece que vida é mais impossível, a depressão toma conta da sociedade e quando não toma é sinal que esta mostra o verdadeiro descaso com metade da humanidade.

Sonhei com você menina

Author: Heitor de Oliveira /


Depois de algumas horas nos amando
O vazio pairou após um telefonema
Era você, a garota que eu estive sonhando
Pra dizer que o nosso caso não passava de um cinema

Lembrei de cada dia como se fosse agora
Deixei as lágrimas caírem nesta folha de papel
Eram lágrimas do coração de um poeta que chora
Por perder uma amada que se foi ao léu

Não é que eu esteja lhe implorando de volta
É só que a minha esperança é menina solta
Que vem e me diz que você ainda é minha
E que me lembrava do sonho quando você vinha...

Menina menina...


Dedicado a ti, Esperança.



Me parece

Author: Heitor de Oliveira /

Me parece que hoje em dia nós somos o que temos

Me parece que não importa mais o ser, mas sim o ter

Me parece que a alegria tomou forma e o amor perdeu paixão

Me parece que a tristeza está efêmera e a raiva está com medo]


Me parece que o mundo está acabando e as pessoas nem aí

Me parece que essa gente é pouca gente, mesmo dentro de tanta gente

Me parece que a criança não quer mais ser herói, ela quer ser muito rica

Me parece que a vida é mais pequena, mesmo em anos ser maior]


Me parece que a poesia perdeu espaço, mesmo o mundo mais solitário

Me parece que o beijo de cinema perdeu lugar pra violência da razão

Me parece que os sentimentos são escassos e a vontade agora é líquida

Me parece que o dinheiro vem e vai, e as personalidades vão e vem]


Me parece que mais me vale escrever para não chorar

Mas me parece tanta coisa que nem sei como continuar.

Menina Moça

Author: Heitor de Oliveira /

Mais que um olhar e mais que um sorriso

Eu senti o calor fervoroso que jamais sentira
O mundo parava, a música ecoava em um única lira
Meus sentimentos se resumiram num instante impreciso

Você passava e dançava como a Lua retira o Sol da sua valsa
Nos seus olhos eu via o verde dos mares a soar
Na sua boca eu via o rosa do poer a me alcançar
E em seu sorriso eu vi a vida passar em uma única luz à falsa

Você que não dança e sorri como uma ingênua moça
Me faz correr à sua volta como um carrossel a entreter uma criança

Você que não quer amor demais e vida a esmo
Me deixa solto à liberdade como o papel ao vento, imenso

Apelo apenas a seus olhos que me embriagam num prazer imenso
E ao seu sorriso que lubridia ao virar uma menina.



Dedicado a ti, Esperança.




Saudade

Author: Heitor de Oliveira /


Saudade é água fria nas noites de inverno
É ferida maldita que não se cura com tempo

Saudade é falta que o amor nos traz
É vazio de dentro que chora pra fora

Saudade é como ter a impossibilidade aos seus pés
É como ter amor sem ser amado

Saudade mata por dentro, machuca a alma
É sentimento sólido, porém intocável

Saudade é dor, paixão, amor, solidão
Na forma de um ardor implacável...

Saudade é saudade sem saber pra quê
Saudade é saudade, só se sabe o porquê.

Curto adeus

Author: Heitor de Oliveira /

Os momentos deixaram lembranças que jamais serão apagadas

Os momentos felizes, daqueles que deixam raízes e mais...e mais...

Sofrimento é apenas o começo do final
Um final que deixou dores que ainda me rasgam o peito
Entretanto ouço vozes que me confortam
Dizem que é o melhor para nós, dizem que a vida é desse jeito

Os anos se passaram e juntos vivemos aqueles momentos
Vivemos intensamente cada um deles e aproveitamos ao máximo
Pena que durou pouco tempo, pena que anos foram insuficientes...
Agora só nos resta chorar o necessário e então começar a sorrir novamente

E aqui vai o meu último adeus, adeus de um amigo apaixonado
Apaixonado de uma paixão que se perdeu aos poucos
Junto com o amor que contive tão intensamente...
Adeus, até breve...

Ela dançava

Author: Heitor de Oliveira /

Um charme, uma luz, uma beleza

Algo que nunca vira antes
Uma mulher inconsequente

Ela estava feliz como nascer numa manhã de verão
Agitada e dispersa como os pássaros a voar sob o efeito da luz
Um olhar fagueiro e demorado que me fascinou por inteiro

Ah ! O vestido, nem curto, nem longo, simplesmente único em sua perfeição
Caia levemente sobre seu corpo como um véu de seda cairia aos olhos de uma noiva
Era como contemplar a perfeição em sua mais bela arte a movimentar-se em uma dança

Quem dera eu, mero poeta sonhador, me apresentar com a elegância merecida
Essa mulher era digna de príncipes, não nobres
Mas príncipes, sonhadores como eu, mas príncipes !

A bela criança da Régis

Author: Heitor de Oliveira /

Das mais belas estradas do meu país

Viajo na tortuosa e esburacada Régis Bittencourt

Ah ! Não é a toa que te chamam de morte

Maldita seja, que não me deixa ler nem ver


E a poesia aqui ? Sai mais torta que quando a estrada é reta

É, pois minha poesia não é das mais retas

E a maldita Régis, maldita seja ! Atrapalha mais !

A moderna pena mal encosta no papel

E lá vem buraco ! Malditos sejam os buracos !


Mas que ideia incrível esta minha

Escrever poesia no assento de um ônibus

Ah ! Meu caro leitor, não sabe o que é passear pela serra

Mas não me refiro ao passeio de chão não !

Me refiro ao passeio de versos que essa mata esconde

Passeios trilhados, magníficos e desgraçados

Onde somente o poeta é capaz de andar !


As pessoas da minha carruagem são quietas

Com exceção da linda criança que aos prantos chora

Criatura mais bela a criança, ingênua e sábia !

Diria que de todas as crianças nascem poesias

Mas seria dizer demais sobre algo que, de decifrar, sou incapaz...


Mais cedo disse a um grande amigo meu

Que clima melhor não há, que o frio da mata para ler um bom livro

É...gostaria de achá-lo agora para completar meu dizer

Pois clima melhor não há, que o frio da mata para escrever poesia


Meu ônibus saiu da serra e agora adentra às pequenas cidades do Vale

Ah ! Só lembranças me trazem essas cidades do Rio Ribeira

Saudades de quando fui criança como a bela menina que insiste a chorar

Naquela época não escrevia poesia

Mas posso dizer que minha mente, ingênua e sábia de criança

Fora capaz de produzir sorriso nas faces de mil e um poetas


Sei disso, pois a minha face não é outra que um belo sorriso

Quando escuto a linda menina chorar

Ela sabe que gosto dela, mas esconde o seu saber

Na inocência da idade


É...


No final das contas a Régis não é tão maldita

A Régis de hoje me apresentou um caminho tortuoso

Cheio de poesia, lembranças e uma linda criança

Não sei o nome dela, e sei que ela jamais lembrará de mim

Mas eu sei, que por toda minha vida

Dela hei de lembrar

E quando eu chorar

Vou querer sempre recordar

Daquela infância de algum tempo atrás

Quando eu era poeta e um pouquinho mais.

Parabéns Pessoa

Author: Heitor de Oliveira /

Pessoas desconexas
Eram quatro nexos sem nexo
Que enfeitaram as vidas anexas !

Hoje, após mais 123 anos de perplexidades
Leio Pessoa cheio de felicidade
E fico mais uma vez perplexo com tanta simplicidade !

Pessoa eterno em suas conexas, desconexas e perplexas obras
E mais uma vez
Ele soa !

Explicações

Author: Heitor de Oliveira /


Há quem diga que o mundo está cansado
Cheio de mágoas, tristezas, decepções
Que não há mais lugar, que está tudo acabado
Que os humanos são imperfeitos, cheios de emoções

Há também quem diga que a vida é bela
Que o paraíso é aqui mesmo
Contam estórias em noites de taverna
Estórias de taças de vinho, estórias a esmo

E ainda há os que se conformam com nada
Não têm preparadas as explicações
Não viajam em falas inventadas
Apenas vivem suas ínfimas ações

Eu sou do tipo que tenta achar defeitos e vantagens
Quero que o mundo acabe em sonhos e felicidade
Mas não tiro da ideia a impossibilidade
De tudo ser apenas fantasias e falsas imagens

O gosto do Quando

Author: Heitor de Oliveira /


A minha intenção é divulgar o lançamento de um livro de um grande Amigo e poeta Fabrício César Oliveira !

Aos meus amigos e leitores que acompanham o blog sempre que posto, gostaria de vê-los hoje no Barbirô, Rua Vergueiro 1889, às 19:30 do dia 26/04 !
Espero vocês lá !


Livro :"O gosto do quando"
De Fabrício César Oliveira

Óculos pra nóis de cá

Author: Heitor de Oliveira /

Óculos

Cegos
Egos
Ecos

Óculos
de Sol
Sóis
pra nóis

Óculos
de lentes
mentes
pra eles

Óculos
Malditos
me cegam
no Sol
nos Sóis
com lentes
que mentem
pra nóis.

O sentido da vida é : matar a vontade de viver. ( Heitor Oliveira )

Querida São Paulo

Author: Heitor de Oliveira /

São Paulo, minha terra d'água
Terra de luz cheia de raios
Raios de luz, raios de mágoa
Mágoa minha, vida de ensaios...

O minha metrópole querida
Querida de alegria, euforia
Euforia de solidão, ferida
Ferida na canção, diria...

Se eu pudesse mudá-la
Mudá-la para sempre
Sempre iria acaba-la

Acaba-la várias vezes
Vezes que saio, entre
Entre gente e fezes


Seres

Author: Heitor de Oliveira /


Eu sou eu
Você é você
Todos são cada um
E vivo a me perguntar
Por que eu sou eu
E você é você
E todos são cada um ?

Sou fruto do improvável
Improvável que gerou
Você, todos e cada um

Somos todos tão diferentes
Ao mesmo tempo tão parecidos
Viemos todos do incerto
E para o incerto todos iremos
Cada um do mesmo jeito
Porque de cada um em cada um
Somos todos ao mesmo tempo

Eu

Author: Heitor de Oliveira /

Não sou de dizer palavras ao vento
Nem de fazer graça dos seus sentimentos
Não quero que pense que minto
Pois saiba que é grande o que sinto

Me falam que eu sou antipático
Que não sei sorrir e brincar
A verdade é que eu sou um fanático
Das nuvens, da chuva e do ar

Não sei escrever poesia
Escrevo pra dar um sentido
Na vida que é chata e vazia

Não sei nem dizer eu te amo
E mesmo que o tenha dito
Espero que o tenha ouvido


Uma de amor

Author: Heitor de Oliveira /


Amor não se escreve, não se dá, não se fala
Amor se deixa levar, se entrega, se sente
Amor não machuca, amor dói, amor mente

Amor é passar uma noite na sala
Brincando de nomes e contos de fada

Amor é deitar numa rua deserta
Gozando da cara da vida incerta

Amor é fazer brigadeiro no chão
Fazendo caretas, sorrisos então

Amor é poesia que nasce na mesa
Amor é conversa e o resto incerteza

Um céu sem estrelas, um espectro na Terra

Author: Heitor de Oliveira /


Algumas coisas acontecem e a explicação não vem
Surgem apenas algumas metáforas tentando esclarecer
Por exemplo, pegar a folha de papel e começar a escrever

Eu diria que meus instintos me movem à escrita
Afinal inspiração não passa de uma tradução de uma vontade
O a vontade que me traz aqui é a minha paixão por estrelas

Singularidade é um dom que prezo muito
Por isso não consigo desprezar o brilho intenso que cada estrela exerce sobre mim
E mais que isso, quando todas as estrelas se perdem no infinito
Um único espectro, oriundo do brilho das mais magníficas estrelas
Se mostra diante de mim, somado de todas as belas cores que enfeitam esse mundo

Sim, repetir é necessário
A singularidade lhe mantém na forma mais perfeita que possui
Lembre-se de todas aquelas palavras ditas
E cativa, impiedosamente, as riquesas da sua luz.

Comédia Mexicana no Glorioso

Author: Heitor de Oliveira /


Não é por acaso que venho escrever tamanhas loucuras
Cansado de corrupção e falta de vergonha na cara
Ficar quieto é quase uma tarefa impossível
A vontade está omitida, o manto de cores vivas
Branco, Verde, Amarelo e Azul
Se transformou no véu imposto pela própria capital

E agora, quem poderá nos defender ?