O jovem de hoje carece de amor

Author: Heitor de Oliveira /

Não é simplesmente dizer eu te amo, não é sair todos os dias juntos, ligar todos os dias antes de dormir. Isso se faz. Falta amor, ser amado, sentir na pele a emoção, o sangue aquecer e o coração bater veloz. Não se trata de usar as redes sociais e dizer publicamente, se trata de sair na chuva, cantando e dançando e gritar abertamente. É fazer com que os outros sorriem, porque o amor tem esse poder, não interessa se não é a sua pessoa amada, ele contagia todos que estão à volta, tem a capacidade de transmitir alegria ao seu redor. Não que o jovem de hoje  não ame, digo que falta amor, falta a entrega, ter apenas dezoito anos e pedi-la em casamento, ter apenas dezesseis e aceitá-lo. A mágica envolve aqueles que amam, os deixa inexplicavelmente felizes e dispostos. O amor não tira a fome, ele traz a vontade de dividir a comida com alguém, apenas para saborear as delícias do mundo ao lado de quem se ama. Ele não tira o sono, consegue trazer companhia para dormir. Também não traz dor, a dor é o oposto do amor. Escrever belas frases e enviá-las pelo celular não é suficiente, quem ama faz loucuras, se entrega de corpo e alma e vai de encontro ao respectivo e declara-lhe poemas, frases e canções, independentemente da inconveniência do mundo dinâmico que se vive. Aos poucos, as buzinas dos carros se tornarão perfumes, os gritos, paisagens floridas, as agressões, música. Essa é a magia que possuem aqueles que amam, esta é a que falta nos jovens de hoje.

Como eu te amaria em um domingo

Author: Heitor de Oliveira /

Meu desejo é acordar numa gélida manhã de domingo, sorrir, apenas admirando ela dormir em uma respiração profunda. Os pássaros já cantariam e nós poderíamos ouvi-los porque no domingo ali não passam mais carros. Aos poucos ela notaria que acordei e num breve susto de fim de sono ela olharia pra mim com cara de preguiça, viraria pro lado puxando minha mão para aconchegá-la, nada seria mais perfeito.  Quando já fossem dez horas da manhã nós acordaríamos ao mesmo tempo sorrindo um para o outro e nas mesmas vestes de dormir iríamos preparar nosso café da manhã na cozinha. Após uma breve caminhada no quarteirão deserto, voltaríamos para casa e começaríamos o almoço. Ela já apressada e inquieta com os preparos da comida e eu me esforçando ao máximo para ajudá-la e acalmá-la. Vez em quando a puxaria e a beijaria, um beijo simples sorrindo, daríamos gargalhadas de coisas a toa e o almoço seria agradável. Nós nos adoraríamos dia e noite, todos os dias.