Mais que um olhar e mais que um sorriso
Menina Moça
Author: Heitor de Oliveira /Saudade
Author: Heitor de Oliveira /Curto adeus
Author: Heitor de Oliveira /Os momentos deixaram lembranças que jamais serão apagadas
Ela dançava
Author: Heitor de Oliveira /Um charme, uma luz, uma beleza
A bela criança da Régis
Author: Heitor de Oliveira /Das mais belas estradas do meu país Viajo na tortuosa e esburacada Régis Bittencourt Ah ! Não é a toa que te chamam de morte Maldita seja, que não me deixa ler nem ver E a poesia aqui ? Sai mais torta que quando a estrada é reta É, pois minha poesia não é das mais retas E a maldita Régis, maldita seja ! Atrapalha mais ! A moderna pena mal encosta no papel E lá vem buraco ! Malditos sejam os buracos ! Mas que ideia incrível esta minha Escrever poesia no assento de um ônibus Ah ! Meu caro leitor, não sabe o que é passear pela serra Mas não me refiro ao passeio de chão não ! Me refiro ao passeio de versos que essa mata esconde Passeios trilhados, magníficos e desgraçados Onde somente o poeta é capaz de andar ! As pessoas da minha carruagem são quietas Com exceção da linda criança que aos prantos chora Criatura mais bela a criança, ingênua e sábia ! Diria que de todas as crianças nascem poesias Mas seria dizer demais sobre algo que, de decifrar, sou incapaz... Mais cedo disse a um grande amigo meu Que clima melhor não há, que o frio da mata para ler um bom livro É...gostaria de achá-lo agora para completar meu dizer Pois clima melhor não há, que o frio da mata para escrever poesia Meu ônibus saiu da serra e agora adentra às pequenas cidades do Vale Ah ! Só lembranças me trazem essas cidades do Rio Ribeira Saudades de quando fui criança como a bela menina que insiste a chorar Naquela época não escrevia poesia Mas posso dizer que minha mente, ingênua e sábia de criança Fora capaz de produzir sorriso nas faces de mil e um poetas Sei disso, pois a minha face não é outra que um belo sorriso Quando escuto a linda menina chorar Ela sabe que gosto dela, mas esconde o seu saber Na inocência da idade É... No final das contas a Régis não é tão maldita A Régis de hoje me apresentou um caminho tortuoso Cheio de poesia, lembranças e uma linda criança Não sei o nome dela, e sei que ela jamais lembrará de mim Mas eu sei, que por toda minha vida Dela hei de lembrar E quando eu chorar Vou querer sempre recordar Daquela infância de algum tempo atrás Quando eu era poeta e um pouquinho mais.