Tem dias que tudo da errado
Ja começa de manhã
Acordo pra calçar meus sapatos
Basta pisar no chão e topar na quina da cama
Não existe raiva igual a essa
A dor do dedinho sobe até o último fio de cabelo
Me sento na cama e penso no dia que começa
Preparo todos os detalhes e saio sem medo
E é só sair na rua, ainda molhada da chuva de ontem
Para um carro, passando por cima de uma poça
Me encharcar inteiro naquela água rançosa
Das ruas que essas cidades de hoje têm
Continuei meu caminho fedendo
E ao olhar para o ponto
Meu ônibus se fora correndo
E eu ali parado feito um tonto
À espera da próxima condução
Não poderia ser diferente
Dos mais azarados dias que vem e vão
Um assalto pra me deixar contente
Ah ! Não é possível
Meu stress me toma por completo
Me sinto completamente invisível
Aos olhos de um mundo repleto
De meios e fins.